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RISCOS DA GORDURA NO FÍGADO!!!! PROCURE UM MÉDICO!!!

A prevalência  de infiltração de gordura no fígado nas pessoas no mundo inteiro tem aumentado e com isso  temos presenciado a evolução  para complicações que podem ocorrer a longo prazo, como  cirrose e o surgimento de nódulos malignos. Quanto a cirrose, a infiltração de gordura no fígado ( esteatose/esteatohepatite) é responsável pela principal indicação de transplante de fígado nos EUA ou no mínimo está dentre as primeiras causas de transplante deste órgão. Isso ocorre porque a presença de gordura constante no fígado causa um processo inflamatório levando a formação de fibrose progressiva. O último estágio desta fibrose é a cirrose ( disfunção hepática crônica).

Quanto ao surgimento de nódulos, esses  precisam ser acompanhados com imagens ( tomografia ou ressonância) de modo mais regular para detecção precoce do tumor ( carcinoma hepatocelular- CHC).

O CHC é um tumor primário do fígado e corresponde ao sexto tipo de câncer mais comum no mundo e a principal causa de morte entre os pacientes com cirrose. A maioria dos pacientes com CHC são cirróticos por hepatite viral ou doença hepática induzida pelo álcool, porém dados mais recentes sugerem que a síndrome metabólica associada a doença hepática não alcoólica pode ser uma importante causa de CHC. A patogênese molecular de CHC é extremamente complexa e heterogênea, e até o momento a não interfere na decisão terapêutica.

O sistema de estadiamento Barcelona Clinic Liver Cancer ( BCLC) tem sido proposto como o método padrão para a avaliação do prognóstico e orientação terapêutica na Europa e nos Estados Unidos, esse classifica os pacientes em cinco grupos, utilizando dados referentes a classificação de Child-Pugh3, Okuda10, Classificação TNM e pontuação do estado geral. O consenso da American Hepato-Pancreato-biliar Association (AHPBA) em 2010 indicou a classificação BCLC como de primeira escolha para as recomendações terapêuticas, devendo discutir na avaliação inicial os  fatores associados a ressecabilidade do tumor, escolha terapêutica e prognóstico.

As abordagens terapêuticas para CHC podem ser classificadas em três categorias: potencialmente curativas, paliativas e sintomáticas, indicadas de acordo com o estádios da doença, tamanho do tumor, função hepática e estado geral do paciente. Em cada fase do tumor temos uma opção de tratamento de primeira linha, que é proposto de acordo com evidências científicas disponíveis. Menos de 20% dos casos são elegíveis para o tratamento potencialmente curativo, sendo a maioria dos pacientes portadores de CHC encaminhado para tratamento sintomático ou paliativo.

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