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NÓDULOS NO FÍGADO

Os nódulos de fígado são massas encontradas no órgão e podem ser malignos ou benignos. Para que seja estabelecido o diagnóstico exato é importante que o paciente passe por uma consulta médica e que seja estabelecido o tipo e a localização desses nódulos hepáticos, podendo assim, iniciar o tratamento da doença.

O grande avanço das técnicas radiológicas nas últimas décadas tem permitido, com relativa segurança, o diagnóstico precoce de tumores hepáticos, tanto benignos como malignos. A ultrassonografia é método de fácil acesso, sendo largamente utilizada e extremamente útil como rastreamento inicial para nódulos hepáticos. As lesões que ocupam espaço no fígado podem ser císticas ou sólidas. Enquanto as lesões císticas, principalmente os cistos simples, prescindem de investigação radiológica posterior, as lesões sólidas frequentemente são melhor avaliadas pela tomografia computadorizada (TC) ou pela ressonância nuclear magnética (RNM)

Alguns aspectos importantes devem ser observados quando o paciente apresenta um nódulo hepático, são eles: verificar se é uma lesão é recente ou antiga, determinar se existe a possibilidade de se tratar de tumor maligno, determinar as características radiológicas do nódulo com o objetivo de elucidar o diagnóstico e direcionar a estratégia de tratamento.

Na população geral, a maioria dessas lesões representa afecções benignas, como os hemangiomas e a hiperplasia nodular focal, requerendo apenas seguimento clínico e de imagem com intervalos variáveis, de acordo com o contexto. Por outro lado, grupos populacionais que apresentam risco aumentado para carcinoma hepatocelular (CHC) são elegíveis para rastreamento de lesões nodulares hepáticas, que exigem abordagem diferenciada para exclusão ou confirmação de malignidade, uma vez que o diagnóstico precoce do CHC tem relevância prognóstica.

 

Hemangiomas Hepáticos

Hemangiomas são os tumores hepáticos benignos mais frequentes, sendo compostos de múltiplos vasos revestidos por uma única camada de células endoteliais dentro de um estroma fibroso fino. São considerados malformações vasculares ou hamartomas de origem congênita, que se ampliam por ectasia e não por hiperplasia ou hipertrofia.

Lesões Císticas do Fígado

Cistos hepáticos são lesões biliares congênitas que resultam da dilatação progressiva de microhamartomas biliares, sem comunicação com a árvore biliar Sua prevalência varia de 1,6% a 18% da população. A grande maioria destas lesões tem caráter benigno, entretanto não se pode deixar de avaliar a possibilidade de lesões pré- malignas ou malignas como cistadenoma e cistadenocarcinoma. Normalmente, o achado de lesão cística no fígado é incidental, durante exame de imagem do abdome, visto que a maioria das lesões é assintomática ou oligossintomática.

Hiperplasia Nodular Focal

A Hiperplasia Nodular Focal (HNF) é o segundo tumor benigno mais frequente, sendo também mais comum nas mulheres na faixa entre 20 e 60 anos. São assintomáticos em 70% a 90% dos casos e seu achado é incidental nos exames de imagem. Sua associação com estrógenos é controversa, certamente menos evidente do que em relação aos adenomas. A clássica cicatriz central e outras características ao exame de Ressonância possibilitam diagnóstico seguro na maioria dos pacientes. Além de frequentemente ser assintomática não costuma apresentar complicações como sangramento e nem evolui para malignização.

Adenoma Hepatocelular

O adenoma hepatocelular (AH) é a terceira mais prevalente neoplasia benigna do fígado. São incomuns e ocorrem mais frequentemente em mulheres na idade fértil entre 20 e 44 anos. Tradicionalmente estão relacionados com o uso de anticoncepcionais orais (ACO) contendo estrogênios. Neste cenário, a incidência é estimada ser 30 vezes maior do que entre as que não fazem uso destes medicamentos  e apresenta relação direta com a dose e o tempo de uso.

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