Cirurgia do Fígado (Hepatectomia)

O que é a hepatectomia?

O fígado é o maior órgão do corpo humano e é essencial para o seu funcionamento adequado.

Suas principais funções são:

  • Metabolismo e armazenamento dos nutrientes absorvidos pelo intestino no sistema digestivo;
  • Filtrar e remover substâncias nocivas do sangue, como medicamentos, álcool e outros;
  • Produzir bile para ajudar na digestão;
  • Produzir substâncias responsáveis ​​pela coagulação do sangue.

O órgão é formado por diferentes células, sendo as principais os hepatócitos. Além destes, estão presentes células que formam vasos sanguíneos e ductos biliares. Todas essas, quando alteradas, podem dar origem a tumores benignos e malignos. Além disso, defeitos estruturais do fígado podem causar problemas e interferir no seu funcionamento.

Assim, a cirurgia hepática inclui vários procedimentos destinados a restaurar a função deste órgão ou remover um tumor. 

Portanto, a hepatectomia é uma cirurgia do fígado que envolve a remoção de uma parte individual do órgão ou mais, combinadas. 

Quais são os tipos mais comuns de hepatectomia?

O fígado é composto de dois lobos (direito e esquerdo) estes são divididos em oito segmentos. 
Entre os tipos principais de hepatectomia, podemos destacar:

Hepatectomia total

Realizada no caso do transplante de fígado. Envolve a remoção completa do fígado, que é substituído por um fígado de um doador com morte cerebral ou de uma parte de outro, proveniente de um doador vivo.

Hepatectomia direita

Quando o lobo direito do fígado é removido.


Hepatectomia esquerda

Quando o lobo esquerdo do fígado é removido.

Segmentectomia

Quando apenas um segmento do fígado é removido.

Trisegmentectomia

Quando o lobo direito e a metade medial do lobo esquerdo do fígado são retirados.

Lobectomia lateral esquerda

Quando os segmentos 2 e 3, correspondentes metade lateral do lobo esquerdo, são ressecados cirurgicamente.

Quais são as indicações da hepatectomia?

A maioria das cirurgias de hepatectomia é feita para tratar neoplasias hepáticas, tanto benignas quanto malignas.

Os tumores benignos que podem ser tratados com esta cirurgia, são, por exemplo, hemangiomas, adenomas hepatocelulares (alguns casos) e hiperplasia nodular focal.

Também, esse procedimento pode ser uma alternativa no tratamento de cálculos biliares intra-hepáticos classificados como lesões de vias biliares intra-hepáticas, assim como doenças císticas de vias biliares.

Além disso, em pacientes oncológicos, a hepatectomia é o procedimento indicado na presença de metástases.

Outro tipo de câncer que também é tratado com ressecção hepática são os tumores malignos primários, como o carcinoma hepatocelular.

Por fim, a ressecção hepática deve ser realizada para transplantes e doações de fígado.

Como é feita a cirurgia de hepatectomia?

Por se tratar de um procedimento muito complexo, a hepatectomia deve ser realizada por um cirurgião especializado em cirurgia hepatobiliar e em um hospital de grande porte que ofereça todo o suporte necessário.

Assim, a cirurgia do fígado pode ser realizada por via aberta, através de uma incisão na parte superior do abdome ou também por videolaparoscopia, dependendo da localização e tamanho do tumor a ser retirado.

Alguns tipos de ressecção hepática podem ser mais difíceis do que outros. Por exemplo, a cirurgia em pacientes com cirrose são mais complexas e apresentam maior risco de complicações.

Também, a cirurgia do colangiocarcinoma, principalmente quando este atinge as estruturas vasculares, está entre as cirurgias de fígado de maior dificuldade.

Cirurgia de Fígado

Entenda o pré e pós operatório

Pré-operatório da cirurgia de fígado

Grandes cirurgias, como as realizadas no fígado, geralmente são agendadas em algumas semanas.

Os exames pré-operatórios incluem exames de sangue e cardiológicos, podendo ser solicitados outros exames de acordo com o estado do paciente, de maneira individualizada.

Também será agendada uma consulta com o anestesista. Se necessário, o paciente será instruído a fazer um exame de tipagem sanguínea para reserva de sangue para a cirurgia. 

Além disso, o cirurgião pode solicitar fisioterapia pulmonar antes da cirurgia. O objetivo é deixar os pulmões do paciente nas melhores condições possíveis e, assim, evitar complicações pós-operatórias, como pneumonia.

Para evitar uma longa permanência no hospital, é mais comum que os pacientes sejam internados na manhã do dia da cirurgia. Os requisitos de jejum são geralmente de 8 horas.

Pós-operatório da cirurgia de fígado

Na cirurgia hepática, a maioria dos pacientes é monitorada nas primeiras 24 horas na UTI e depois transferida para o quarto. O tempo médio de permanência no hospital é de 5 a 10 dias.

Nas primeiras horas, assim que o paciente acordar, terá várias sondas posicionadas em seu corpo para garantir a segurança no monitoramento de seus órgãos. Elas serão retiradas gradativamente nas próximas horas após a cirurgia.

A alimentação é iniciada por via oral no segundo ou terceiro dia após a cirurgia, se o intestino estiver funcionando normalmente.

Depois de deixar o hospital, seu médico marcará uma data para a retirada dos pontos, geralmente de 2 a 3 semanas após a cirurgia. A maioria dos pacientes consegue retornar ao trabalho dentro de 4 a 6 semanas.

Após a remoção cirúrgica, o fígado começa a se regenerar em 48 horas e atinge um tamanho quase normal em 4 a 6 semanas. As funções hepáticas voltam ao normal dentro de 6 a 8 semanas.

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Sobre o especialista

Sou graduado em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1995). Meu Mestrado foi em Ciências Médicas pela Universidade Federal Fluminense (2006). Tive meu Doutorado defendido em janeiro de 2022 pela UFRJ – Grau A.

Antes de falar como profissional, me considero alguém humano, educado, ético e estudioso. 

Como profissional, faço todo o possível para estar sempre atualizado e meu dogma é sempre pensar que aquele que está na minha frente poderia ser um parente meu, por isso meu objetivo é oferecer o melhor atendimento, de forma humanizada . 

Minha carreira sempre foi focada em proporcionar o bem-estar do paciente e o respeito às suas necessidades, características e individualidade. 

Minha atuação principal é em cirurgia, com ênfase em cirurgia hepática, pancreática, de vesícula e cirurgia do aparelho digestivo. Acumulo ampla experiência, especialmente em cirurgias minimamente invasivas.

Cirurgião Geral

Professor UFRJ

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